Quando quiseres finalmente me retratar…
esquece minha sombra,
ornamentada, me põe nos braços,
observa com afinco cada parte útil.
Quando me quiseres finalmente retratar…
livra meu pêlos e desenha cada um deles com a língua,
inclusive os que ficaram de ontem,
e faz de minhas coxas ninho.
Quando me quiseres finalmente retratar…
desenha-me por inteira e eu não estarei sozinha.
Quando me quiseres finalmente amar…
põe nos meus braços a tua Luz…
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